[Saberes d'A Casa] Modernismos Africanos nas Bienais de São Paulo, de Luciara Ribeiro - por Giuliano Tierno

por Giuliano Tierno

 

Conheci Luciara na 29ª Bienal de São Paulo no ano de 2010. Ela participava de um coletivo de educadores no qual eu era supervisor. Alguém que sabia medir o silêncio e a palavra bem dita. Uma fala sempre assertiva. Um olhar preciso e justo em suas colocações. À época ela era estudante de História da Arte na UNIFESP. Os anos passaram, Luciara tornou-se uma imensa pesquisadora. Eu que já havia aprendido muito com os seus posicionamentos e o seu olhar sobre as artes visuais e as suas complexidades, aprendo sempre com a sua pulsão honesta de investigação e com a arguta percepção e análise apresentada pela pesquisadora como resultado dessa dissertação.

Agradecido que sou por estarmos nas alianças pela partilha dos saberes (epistemologias) do Sul. Que possamos pensar, dialogar, debater o que Luciara Ribeiro nos dá a ler nesse trabalho tão necessário.

Daí encontramos as palavras da própria pesquisadora apresentando suas investigações e resultados. “Esta pesquisa tem por objetivo investigar a participação de delegações africanas na Bienal de Artes de São Paulo durante o período de 1951 a 1961. Por meio da documentação localizada durante pesquisas no Acervo Histórico Wanda Svevo, verificamos que produtores e artistas africanos estiveram em diálogo com a mostra desde sua primeira edição. Com este estudo, pretende-se projetar um olhar para os modernismos africanos que participaram da Bienal de São Paulo, tendo como foco a primeira década da mostra. Apresentam-se tais relações, a partir da documentação localizada, analisando e destacando alguns dos agentes que colaboraram para tais participações. Primeiramente, realiza-se um estudo da primeira Bienal e da sua relação com os modernismos, com o colecionismo das artes africanas e com estudos das mesmas. Um segundo momento dedica-se a analisar as participações dos dois primeiros países africanos a integrarem a mostra: a União Sul-Africana (África do Sul) e o Egito. Encerra-se com um estudo da VI Bienal e as suas relações com a geopolítica das artes e da história da África. Os resultados apresentados constituem um esforço de organizar uma leitura crítica do início da Bienal de São Paulo, por meio dos modernismos africanos”.

 

Leia o texto aqui: https://www.academia.edu/41090654/Modernismos_Africanos_nas_Bienais_de_S%C3%A3o_Paulo_1951-1961_

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