[Saberes d’A Casa] Escutas atentas, sensíveis e transformadoras, por Adriana Friedmann e Joska Ailine Baroukh

Escutar crianças para quê?
Esta é talvez a pergunta fundamental a ser colocada.
As crianças estão se expressando o tempo todo, seja através dos seus comportamentos, das suas reações, dos seus corpos, das suas preferências, das suas teimosias, das suas agressividades, dos seus silêncios, das suas conquistas, das suas frustrações.
Escutas atentas, sensíveis e transformadoras, por Adriana Friedmann e Joska Ailine Baroukh

por Adriana Friedmann e Josca Ailine Baroukh

 

Escutar crianças para quê?

Esta é talvez a pergunta fundamental a ser colocada.

As crianças estão se expressando o tempo todo, seja através dos seus comportamentos, das suas reações, dos seus corpos, das suas preferências, das suas teimosias, das suas agressividades, dos seus silêncios, das suas conquistas, das suas frustrações. Quando escolhem do que, com quem, onde e com o quê brincar, nos dizem muito do que sentem, do que vivem, do que pensam. Seus desenhos, suas artes, suas palavras, escritas e tantas outras narrativas, dizem tanto sobre suas vidas!

Encontrar ‘brechas’ nos seus cotidianos para os adultos se abrirem para essa escuta, assim como compreender que a atitude de escutar implica também em uma mudança de postura ética e metodológica, possibilita o início destes processos que entendemos urgentes. A infância passa muito rápido!

Dando continuidade à série ‘A vez e a voz das crianças’, entendemos a importância de compartilhar as produções e resultados das pesquisas e reflexões das especialistas que se abrem para escutar crianças. Convidamos Josca Ailine Baroukh, que orientou um dos trabalhos e arguiu outro, para aqui comentá-los e apresentá-los.

‘Após dois anos de intensos encontros, consigo mesmas, com as colegas e com os professores, as alunas da Turma I do curso de Pós-graduação Latu Sensu “A vez e a voz das crianças” encerraram o curso com chave de ouro! Seus Trabalhos de Conclusão de Curso revelaram escutas atentas e interessadas e sensíveis, acompanhadas de reflexões sobre suas transformações pessoais. De seus textos, emergem as vozes das crianças, seus fazeres e brincares; também comparecem adultos que assumem a missão de dar visibilidade aos pequenos.

Em “A vez e a voz das crianças nos momentos de alimentação na instituição de Educação Infantil”, Eliani Ragonha relata sua escuta delicada e respeitosa de crianças de 4 a 5 anos durante as refeições, em uma escola municipal. Com base em gravações de conversas e desenhos das crianças, a autora discute o quanto esses momentos são importantes para as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças na escola.

http://biblioteca.acasatombada.com.br/omeka/items/show/1547

A formação de professores de bebês foi o tema abordado por Teresa Andréa Ferrara. Em “Experiências de uma formadora de professoras interessada em ambientes e brincadeiras que possibilitam dar voz aos bebês”, a autora narra e analisa com riqueza um percurso formativo coordenado por ela, do qual participaram estudantes de pedagogia, professoras e coordenadoras pedagógicas que atendem bebês em creches públicas. O texto também revela o percurso pessoal da autora, suas conquistas e desafios.

http://biblioteca.acasatombada.com.br/omeka/items/show/1562.

 

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[09/03/21] Ateliê de voz: escuta, experiência e criação – com Renata Gelamo

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[08/03/21] A Linha e seus papéis – com Edith Derdyk