por Marcelo Ariel
Novela brevíssima em sete partes
PRIMEIRA PARTE
DA REALIDADE COMO UM NÚNCIO DO SUBLIME
Há nesta história, um momento de desvendamento. Chama-se Sublime.
No momento do sublime desta história, que consiste em um homem estar com uma mulher como se a amasse, amando o sublime que é o encontro dos dois com outro ser, um jovem rapaz feminino, ela.
Tem-se a certeza que a morte está presente.
Témia pergunta-lhes:- “ Não haverá outro modo de ler?”.
E, continuando, diz-se que o jovem rapaz feminino é a gota,ou o último degrau que, depois
de bebido, ou subido, atingirá o rosto de Myriam, no momento de elevação do pensamento e da beleza de expressão.
Ana lê:
“aos pés de Myriam, entre dois dedos, há uma luzinha descalça”.
Myriam pergunta:
Por quê essas imagens? Por que errarão sempre sob a cabeça de alguém?”
Maria Gabriela Llansol -“Um beijo dado mais tarde”
Tudo termina com uma imagem dissolvida, que pode ser a de um facão
encontrado dentro de um sonho, um objeto esquecido por uma menina
vestida de dourado com os dentes negros que nós sabemos com a força
dos órgãos ou dos pássaros ser a nossa morte:
Também através das nuvens que assumem bilhões de formas através de seu efeito principal: a vida ´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´ Falemos dos efeitos, falemos de Myriam.
Myriam era uma das nuvens encarnadas em uma floresta retorcida suavemente
em estado de corpo. O Sol ainda não havia nascido e por isso Myriam não sabia falar ou andar
era um pensamento da mãe e pai chamado Sol se formando dentro da floresta retorcida.
Marcelo Ariel é poeta e mora em São Paulo