[Livros à mão] … mas chama-se alegria, por Keila Knobel

Definições sempre me encantaram. Não aquelas que se encerram nos dicionários, mas as que viram as palavras de ponta-cabeça, vasculham o seu passado para inventar outros futuros para elas.
...mas chama-se alegria, por Keila Knobel

 

por Keila Knobel

 

A semana comemorativa do centenário do nascimento de Clarice Lispector abreviou minha sempre indecisão. Tinha que falar dela, e não precisei de mais que alguns segundos para tomar nas mãos aquele que para mim é seu livro mais infindável. “A paixão segundo G.H.” Porque demorei muito, anos, a terminar de lê-lo. Porque as releituras são sempre primeiras leituras. Porque me carregam de lucidez e loucura, e a loucura não tem fim. Porque não posso compreendê-lo totalmente. Porque o mergulho existencial é infindável. Como disse, pensou, devaneou G.H., “A verdade tem que estar exatamente no que não poderei jamais compreender. Se “verdade” fosse aquilo que posso entender terminaria sendo apenas uma verdade pequena, do meu tamanho.” Como Clarice avisa, aviso também:

 

 

A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector, ed. Rocco, 1964/2009, 179 p.

#100anosClariceACasaTombada

 

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