por Ananda Luz
Há mil formas de um livro nascer. Esse foi coletivo, desde o início até chegar ao mundo. Fruto do trabalho de estudantes do mestrado de Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia (PPGER-UFSB). O livro é gestado após o I Seminário Regional de Ensino e Relações Étnico-Raciais: Mulheres, Culturas e Políticas. Um seminário organizado por estudantes da cidade de Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia, que sabiam a importância de estar fazendo mestrado em uma universidade pública no interior do Brasil. Estudantes que sabiam a relevância de compartilhar com a comunidade tudo que estavam aprendendo. Estudantes que sabiam a importância de aprender com a comunidade, de trazer para universidade os saberes que já existiam ali antes da universidade existir. Foram três dias de seminário, três turnos e centenas de pessoas de todo Brasil, mas principalmente do Extremo Sul baiano. Pessoas que compartilharam muitos saberes. Só o seminário em si, bastava, os anais do seminário que ficou muito legal já estava mais que bom, mas não. Na alegria que esse coletivo teve em ter feito o mestrado, na alegria dos encontros desses/nesses espaços, na alegria de continuar compartilhando, na alegria de saber a importância do mestrado – primeiro da região – no território de identidade Extremo Sul, nasce a ideia do livro.
Da alegria nasce vida. Vida que gera saberes. Vida que está presente na capa, obra do multiartista e Mestre do Saber Itamar dos Anjos que também se tornou mestre pelo programa. Vida que nasce no interior desse livro e contam, em seus capítulos, um pouco do que os/as estudantes do programa formularam durante e após a formação. O livro convidou, sim, o livro porque ele tem vida, alguns/algumas professores/as que se agregaram a nossa caminhada e contaram Histórias, ora sobre o Extremo Sul, ora sobre o mestrado, ora sobre o livro. Porque são muitas histórias, muitas… Tantas que não caberia em um livro, precisaria de mais alguns. O livro, que recebe o nome Epistemologias do Extremo Sul, transbordou e convidou professores/as da UNEB e do IF-Baiano, para compor suas páginas; não podíamos seguir sem contar o que de maravilhoso ocorre em instituições parceiras. Somos muites!
Por ser vivo, alegre e festivo convido para leitura desse livro que, em formato digital, está disponível para baixar: https://www.editorafi.com/161ppger
Ananda da Luz Ferreira vive em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano. Foi aluna da turma 07 da pós-graduação O Livro Para Infância. Fez seu mestrado em Ensino e Relações Étnico-Raciais na UFSB. Atua como educadora e pesquisadora do livro para infância, das relações étnico-raciais e das infâncias.