Redescobrindo o prazer de descobrir a vida enquanto descubro-me
Autor
Renata Marcondes Carvalho de Oliveira
Descrição
Na escola, do jeito que eu aprendi, pelo menos, o termo natureza é referido em
aulas de Ciências e Geografia. De maneira compartimentada, os professores trazem
alguns aspectos que o apresentam como algo completamente exterior a nós, seres
humanos. Aprendemos então a descrevê-la analisando e classificando características
que foram pré-estabelecidas por pesquisadores ao longo do tempo. Considero esse
estudo importante para construirmos uma visão do nosso entorno e do mundo em que
vivemos, entretanto, se o estudo fosse planejado de maneira mais integral,
relacionando os seres aqui existentes com o meio e aproximando os alunos através de
experiências reais, acredito que poderia ser muito mais instigante e imbuído de sentido,
além de colaborar para o autoconhecimento. Estaria a espécie humana em tal crise de
sentido, ocupando melhor o seu vazio existencial, se conhecesse mais a si mesma e
assim soubesse suas reais necessidades para uma vida mais equilibrada? Sabendo
que somos parte de algo muito maior do que simplesmente podemos enxergar, não
teríamos mais força para lidar com os desafios que a vida nos traz? A escola, como
formadora de cidadãos aptos a estar no mundo e
a saber viver coletivamente, não poderia ter em seu currículo um trabalho de
conscientização e conexão real com a natureza e o nosso humilde papel nessa
existência?
TROCHE, G. Desenhos invisíveis. 1a edição. São Paulo. Lote 42, 2014.
MÃE, V.H. As mais belas coisas do mundo. 1a edição. Rio de Janeiro. Biblioteca Azul,
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COCCIA, E; desenhos de Luiz Zerbini; tradução Madeleine Deschamps e Victoria
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PIORSKI, G. Brinquedos do chão: a natureza, o imaginário e o brincar. 1a edição. São
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