No embate de encontrar o tema, o rumo, a linguagem, a forma de uma escrita sobre minhas travessias pelas veredas da arte da narrativa e de mim, de me reconhecer e à minha trajetória, de encontrar caminhos para seguir adiante, eis que me vi imersa na errância. Em verdade, a palavra há muito já me convocava a seus meandros.
Errância...Errância...Ao dizê-la, algo pulsa. O peito vibra. Errâncias. Percebendo que em meu ser e minha vida errar é fato e realidade, é anseio e guia, dei a mão à criatura vagante que se esconde e se revela em mim, dizendo-lhe: - Flui. Voa. Leva-me.
Uma brisa nos envolveu trazendo frescor e um sopro nos lançou na estrada. Enlaçadas – eu e esta que erra em mim - partimos, abertas aos encontros do caminho que se engendra no próprio caminhar. Entregues aos fluxos, a errar.