Descrição
Era uma vez o vazio, o escuro.
Era uma vez um ponto no nada, ou seria um mundo no todo?
Era uma vez uma vez um organismo, com muitos outros organismos a sua volta, até que um entrou dentro do outro, o outro dentro do um, e muita coisa aconteceu e continua acontecendo, inúmeros acontecimentos tecendo uma rede de caminhos criativos, num movimento pulsante, num bailado imprevisível, em eterna transformação do que era no que é, do que é para o que poderá ser.
Cada ser por menor ou maior que seja seu tamanho, o tempo que passe em companhia da vida, seja em um rápido piscar de olhos ou uma imensidão de estações, bailam conduzidos pela música do mistério, e ao girar nesse embalo se tornam o próprio bailado.
E o bailado acontece na relação dos bailarinos, com passos que se atraem, se repelem, que surgem, extinguem-se, transformam-se, desenvolvem-se no grande espetáculo do Cosmos, matéria e energia, luz e sombra.
Era uma vez um organismo que era UM na sua totalidade e na sua parte também.