História da trajetória de uma escrava do sertão Nordestino à cidade de São Paulo.

Descrição

Objetivo desta narrativa mesmo com informações fragmentadas, é registrar a memória de Maria de Barros Sant’Anna, nasceu no final do século 19 em uma das fazendas de plantação e beneficiamento da cana de açúcar no sertão pernambucano, região Nordeste do Brasil. Época em que oficialmente já estava extinto e proibido o trabalho escravo, mas o coronelismo ao fazer vista grossa à lei ainda mantinha centenas de pessoas nestas condições. Maria de Barros nasceu escrava e desde então cresceu entre os pés da cana de açúcar cultivando e colhendo, viveu na senzala, assistiu e viveu à diversas atrocidades desumanas pelo capataz aos negros. Na Casa Grande foi parteira, ama de leite, amante do seu senhor. No fim do ciclo da cana de açúcar, colheu café nas fazendas do Espírito Santo e interior de São Paulo, região Sudeste do Brasil. Teve seis filhos, enterrou dois destes e o seu marido, foi lavadeira, passadeira e quituteira e já com idade avançada se alfabetizou e morreu farta de dias, como ela mesma disse.