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Do silêncio de Origem à escuta de águas de meninos grafadas no Diário: letramentos de quem escreve e de quem lê para viver com as infâncias
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Título
Do silêncio de Origem à escuta de águas de meninos grafadas no Diário: letramentos de quem escreve e de quem lê para viver com as infâncias
Autor
Taís Bushatsky Mathias
Descrição
Este ensaio tem sua nascente em 2017 na pós-graduação lato sensu O livro para a
infância: textos, imagens e materialidades. A pesquisa adensou suas águas ao longo dos
anos, margeadas pelos encontros e com professores e coordenadores que criaram
possibilidades de escrita-pensamento e que validaram uma pesquisa em que as infâncias e
as crianças não são sinônimos quando o assunto é o livro ilustrado. Nesta escrita em forma
de ensaio, narro e convido à leitura sobre um encontro triangular e amoroso entre: dois
livros ilustrados “Origem”, de Anna Cunha e “Diário das Águas”, de Gabriela Romeu e João
Kammal, o meu encontro com as crianças (em casa, com meu filhe e na escola) e, na
última ponta do triângulo, o conceito de silenciografia produzido por Cecília Bajour, grande
pesquisadora da literatura para as infâncias e do livro ilustrado. Durante a própria escrita
deste ensaio descobri o que definiu a escolha dos livros analisados: ambos surgem a partir
de uma necessidade de registro do vivido nas viagens e encontros das autoras Anna Cunha
e Gabriela Romeu com quem encontraram pelo caminho, ao observarem as crianças e
infâncias, em contextos bem diversos da paisagem das cidades. Em uma homologia de
processos, comparei o nascimento de meu primeire filhe, o retorno à escola e a
necessidade da literatura para olhar para tais encontros da mesma forma que as autoras
vivenciaram os encontros em suas viagens. E, para comparar essas vivências escolhi olhar
para a necessidade de silenciar e dar espaço ao que pode nascer do próprio encontro,
usando o conceito de Bajour. Esse aprendizado de grafar silêncios chamei de letramento
para estar com as infâncias
Assunto
Data
2023
Idioma
Bibliografia
BARTHES, Roland. Escrever a leitura. In: . O rumor da língua. Tradução Mario
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. Acesso em: 15 de jul. 2023.
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em:
Acesso em: 15 de jul. 2023.
BAJOUR, Cecilia. Silenciografias: marcas do não-dito em leituras, textos e mediações.
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Disponível
em:
. Acesso em: 15 de jul. de 2023.
BRUM, Eliane. Banzeiro òkòtó: uma viagem à Amazônia Centro do Mundo. São Paulo:
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2021.
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em:
. Acesso em: 15 de jul. 2023.
FRIEDMANN, Adriana. A vez e a voz das crianças. São Paulo: Panda Books, 2020.
GUIMARÃES, Anna Luiza L. Mas este livro é para criança? “Rosa” e a terceira margem do
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São Paulo, 2018.
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LARROSA, Jorge (Org.). Elogio da escola. Tradução de Fernando Coelho. Belo Horizonte:
Autêntica, 2021
NASCIMENTO, Tatiana. Dois poemas de Tatiana Nascimento. Bazar do Tempo, Rio de
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ROMEU, Gabriela. Entrevista I. [jun. 2023]. Entrevistador: Tais Bushatsky Mathias. São
Paulo, 2023. 1 arquivo .mp3 (48 min e 14 seg.). A entrevista na íntegra encontra-se transcrita
no Apêndice A deste ensaio.
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Tradução) - Universidade Federal de Santa Catarina.
SEMINARIO LIJPE. Conferencia “El Silencio Como Voz Abierta a la Escucha”, por Cecilia
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Disponível em: . Acesso em: 10 de julho
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TEIXEIRA, Valquíria Prates Pereira. Como fazer junto: a arte e a educação na mediação
cultural. 2019. 194 f. Tese (Doutorado em Artes) - Instituto de Artes, Universidade Estadual
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em:
. Acesso em: 15 de jul. de 2023