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Descobrinhar: quando o corpo pede passagem para…
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Documento
Metadados
Título
Descobrinhar: quando o corpo pede passagem para...
Autor
Márcia Amaral de Figueiredo
Descrição
Este relato apresenta narrativas textuais e visuais decorrentes das caminhadas físicas realizadas nas ruas dos bairros Centro e Cabral da cidade de Curitiba/Pr e caminhadas no campo na cidade de Piraquara/Pr, durante o curso de pós graduação Caminhada como Método para Arte e Educação. Através dos registros documentais das experimentações investigativas decorrentes dos percursos estéticos trilhados presentes nos cadernos de passagem, percebeu-se que diversas ações surgiram nos percursos, ficando evidente o quanto o ato de caminhar envolve o corpo explorando a paisagem, o mundo que este corpo habita pelo prazer de ver e fazer descobertas. Afinal, quando o corpo realiza movimento de andar é como se abrisse as fronteiras entre o ser e o não ser. Não é só o que é concreto que se capta no caminhar, o corpo processa mais, vai além. Buscou-se no tempo do curso compreender o significado da
caminhada em minha vida, e desta tentativa de compreensão surge o verbo descobrinhar, referindo-se ao corpo como o canal para
comunicação entre o “fora” e o “dentro”, posto que é o corpo o veículo para pedir passagem para tantos outros gestos. Por isso o título
Descobrinhar: quando o corpo pede passagem para..., pois ao mesmo tempo em que na palavra passagem está implícita a ideia de
permissão, também apresenta o sentido da efemeridade da caminhada possibilitando outros desdobramentos, transformações.
Assunto
corpo curioso | corpo sensível | Experiências | paisagem | Tempo-espaço | Território
Data
2023
Idioma
Bibliografia
Pôr as palavras para andar” – texto sabedoria indígena
https://alicealfazema.blogs.sapo.pt/por-as-palavras-a-andar-989448
“Diz a sabedoria indígena que quando não cumprimos aquilo que prometemos, o fio de nossa ação, que deveria estar
concluída e amarrada em algum lugar, fica solto ao nosso
lado. Com o passar do tempo, os fios soltos enrolam-se em
nossos pés e impedem que caminhemos livremente, fazendo que fiquemos amarrados às nossas próprias palavras.Por
isso os nativos têm o costume de “pôr-as-palavras- a- andar”,
que significa agir de acordo com o que se fala. Isso conduz à
integridade entre o pensar, o sentir e o agir no mundo e nos
conduz ao Caminho da Beleza onde há harmonia e prosperidade naturais.”
2 De MAISTRE, Xavier, 1998, p. 40. Usei esta citação do livro
como título introdutório para a narrativa
3 FENIANOS, Eduardo. Canal do You.tube https://www.youtube.com/channel/UCmIDpi10A5MTneInZzrWJpA
4 HANH, 2021, p.46
5 Apontamentos de aula on line, durante o curso de pós-graduação Caminhada como Método para a Arte e Educação,
ministrada por Edith Derdyk, dia 12/02/2022
6 GASPAROTTO, Paulo. Pés: Inspiração artística e sensual.
https://paulogasparotto.com.br/noticias/2020-08/?page=2
7 INGOLD,2021, p.74
8 INGOLD,2021,p78
9 LABBUCCI,2013, p.42
10 MUGGIATTI, Roberto, 2012, p.41
11 Frases retiradas do texto Caminhar é vital, publicado na revista Bons Fluidos/ Julho 2004 sobre James Hillman, autor do
livro Cidade e Alma, Editora Studio Nobel.
12 HANH, 2013, p. 13
13 GRÓS, 2021, p.131
14 GRÓS, 2021, p.12
15 LABBUCCI, 2013, p.75
16 Anotações de aula, do curso de pós-graduação Caminhada
como Método para Arte e Educação, com a professora Barbara Melo, dia 30/07/2022.
17 CARERI, 2013, p.60
18 GRÓS, 2021, p.173
19 LABBUCCI, 2013, p.11
20 LABBUCCI, 2013, p.136
21 Idem
22 Franco La Cecla.1988 In: CARERI, Francesco, 2013, p.48
23 Frase de Clarice Lispector no seu livro A Cidade Sitiada de
1949
24 GRÓS, 2021, p.165
25 LABBUCCI,2013, p.37
26 GRÓS, 2021, p.170
27 Referência ao título do livro Gesto Inacabado –Processo de
Criação Artística de Cecília Salles
28 DUCHAMP, Marcel, 1957, apud BATTCOCK, 1975, p. 73) no
texto O ato Criador.