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Caminhos que marcam o papel e a alma das crianças.
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Documento
Metadados
Título
Caminhos que marcam o papel e a alma das crianças.
Autor
MONTEIRO, Laís Fleury Cunha Rego
Colaborador
A Casa Tombada
Descrição
Já podemos nos considerar uma sociedade majoritariamente urbana. O modelo de urbanização das cidades brasileiras entende que a forma de ocupação do espaço consiste em verticalizar as edificações e cimentar os espaços abertos, induzindo a um estilo de vida mais sedentário e confinado. A infância é um período de experimentações, sensações e brincadeiras. O corpo em movimento é uma linguagem de conhecimento das crianças, e exige espaços amplos que permitam movimentos e expressão. Como ter uma infância plena e saudável em ambientes e tempos que não acolhem sua pulsão expansiva? Como proporcionar às crianças experiências autônomas e diretas com a natureza em um contexto urbano? Depois que me tornei mãe, passei a olhar a cidade sob os interesses das crianças, e percebi que a oferta de espaços ao ar livre ricos em natureza era escassa e de difícil acesso. Este trabalho se propõe a ouvir as crianças. Para ouvi-las em sua linguagem natural, acessar seus dizeres mais sinceros e profundos, é preciso acessar sua vida imaginária. Acessar esta dimensão requer utilizar-se de metodologias que criem situações que levam as crianças a se expressarem para além da via oral e escrita, por seus meios próprios: pela gestualidade corporal, pela expressão gráfica, pelo brincar. Escolhi como canal expressivo o desenho que, para a criança, é uma linguagem como o gesto ou a fala. Convidei-as a me contarem como percebem, sentem e interagem com seu entorno enquanto percorrem trajetos de um lugar a outro em sua cidade. O que os desenhos infantis nos dizem sobre nós mesmos, sobre as crianças e sobre a cidade que nos acolhe (ou não)?
Assunto
A vez e a voz das crianças | Cidade | crianças | Desenho infantil | Natureza
Data
2020
Idioma
Bibliografia
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Editor
Editado por Fernando