Descrição
O presente trabalho busca, por intermédio da autobiografia, contar minha travessia, enquanto narradora, ao encontro de minha própria voz. No decorrer do percurso, me deparo com algumas questões e aspectos que me constituem como narradora e, ao refletir sobre isso, percebo que tais evidências, envolvem a memória e a minha ancestralidade feminina. Ao dialogar com autores, em especial, Clarissa Pinkola Estés, pesquisadores, professores do curso de pós – graduação em Narração Artística: caminhos para contar histórias em contexto
urbano e; temas abordados por eles, durante as aulas, chego à conclusão de que não há como encontrar uma voz própria, sem antes trazer à superfície, as vozes da minha voz, ou seja, as vozes ou as avozes, como aqui a denominamos, de minhas ancestrais, mulheres da minha família, em especial, minha avó materna que no caso, representa o fio norteador deste estudo. As avozes me guiam e orientam pelo caminho, em uma saga que vai do rio ao mar de histórias, tanto as pessoais quanto as coletivas, perpassando o passado e o presente, com vistas à ressignificar o futuro. No corpus do texto, além do que já foi mencionado anteriormente, motes relacionados ao sagrado feminino, ao rito, à narração de histórias e à performance também são abordados.