A partir das vivências e reflexões que foram fruto da participação no curso de pós-graduação Saberes Populares para a Arte e a Educação nas Vivências da Carroça de Mamulengos - O que nós podemos fazer por nós mesmos?, a autora estabelece um paralelo entre a trajetória dos integrantes da família Carroça de Mamulengos, suas tradições e histórias, e a própria história familiar. Vivendo ao lado de suas irmãs e primas um conflito causado por um processo judicial que se arrastou por quase duas décadas, Laís encontra a solução para os conflitos ao honrar as tradições familiares, reconhecer as contribuições de cada ancestral para a vida de cada pessoa envolvida, e ao recorrer ao lúdico e ao afeto para encontrar saídas para os impasses e preservar as relações familiares, ressignificando sentimentos e traumas do passado. Como fruto desse processo, Laís escolhe narrar essa história para suas duas filhas, Alícia, de 11 anos, e Lia, de 9 anos, escrevendo-lhes uma carta que permanecerá como registro, ensinamento e inspiração para suas vidas.