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A Construção de uma relação sensível entre literatura e infância: Diálogo entre o livro “ A vez e a voz das crianças: Escutas antropológicas e poéticas das infâncias” e as práticas de mediação de leitura.
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Documento
Metadados
Título
A Construção de uma relação sensível entre literatura e infância: Diálogo entre o livro “ A vez e a voz das crianças: Escutas antropológicas e poéticas das infâncias” e as práticas de mediação de leitura.
Autor
SILVA, Cristiane Ferreira da
Colaborador
A Casa Tombada - O livro para infância
Descrição
Este trabalho de conclusão de curso é fruto de encontros e reencontros propiciados pela pós-graduação “O livro para Infância: textos, imagens e materialidades”, n’ A Casa Tombada. O período em que habitei este espaço me proporcionou uma nova maneira de pensar livro, literatura, pessoas e o conhecimento, como nunca havia experienciado. A Casa gera um sentimento de pertencimento mesmo quando não estamos corporificados naquele lugar e é a partir da relação entre as experiências coletivas e individuais vividas neste espaço, as memórias que me constituem e que foram acionadas, e o momento atual em que este trabalho está sendo alinhavado, que fazem com que eu proponha uma análise sobre a escuta nas situações de leitura e mediação do livro para infância. Vejo a escuta como elemento primordial nas diversas relações, entre sujeitos, sujeitos e objetos, livros, sons, lugares e palavras, mas noto também que, a partir dela, um grande leque se abre. Qual a relevância da escuta no meu processo formativo como sujeito, leitora e principalmente como educadora da infância? Essa é uma das principais marcas que este período n’A Casa Tombada deixará no meu percurso pessoal: a necessidade de se fazer um exercício ampliado de escuta, onde o sujeito a ser escutado não é apenas outro, mas a si mesmo, e o quanto essa prática é importante quando atuamos e mediamos um livro para outra pessoa ou grupo. Para conversar comigo neste texto, trago o livro recém-lançado da professora e doutora Adriana Friedmann: “A vez e a voz das crianças: escutas antropológicas e poéticas das infâncias”. Nele são apontados princípios que podem ser desdobrados nas diversas análises que envolvem especialmente a infância, mas também as relações em geral, onde a escuta é tida como base na busca de uma humanização dos sujeitos. Isto fez sentido com o convite da minha orientadora de colocar uma lupa na minha própria trajetória de formação como leitora, olhando para a importância de cada momento, obra e pessoa envolvida, em que pude enxergar o que a ausência do ser ouvido pode gerar na constituição do leitor e nas experiências que ele estabelece com o livro e literatura. Essa sugestão me fez, junto com outras propostas vivenciadas dos últimos anos, aprender a olhar de maneira mais amorosa para minha história, especialmente para as minhas vivências como leitora, evidenciando inclusive as ausências e faltas que me fizeram chegar até aqui.
Data
2021
Idioma
Bibliografia
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