Sobre o curso
Considerado como um dos principais nomes do pensamento e luta anticolonial no mundo, o intelectual e combatente martinicano Frantz Fanon vem sendo cada vez mais reconhecido também no Brasil por sua contribuição original e revolucionária a diferentes debates (Faustino, Deivison, 2015).
Dentre alguns podemos citar sua perspectiva crítica no que diz respeito às discussões étnico-raciais, à sustentação da violência colonial e a seus modos de enfrentamento. Com intenso diálogo com áreas como psiquiatria, psicanálise e marxismo, Fanon constrói sua própria perspectiva, que muito tem a nos ensinar.
Em nossos encontros buscaremos tecer em conjunto (novas) questões que Fanon nos apresenta, pontuando os pontos de encontro e conexão de seu pensamento com a luta indígena no Brasil.
Percurso do curso
Encontro 1 (23/7): Discussão sobre o livro “Pele Negra, Máscaras Brancas” (1963). Neste dia faremos uma breve apresentação da biografia de Fanon e seus percursos teórico-políticos nessa obra que foi sua primeira grande publicação. Enfoque maior nos efeitos psicossociais do racismo, contextualizando com a temática indígena.
Encontro 2 (30/7): Discussão sobre o livro “Os condenados da Terra” (1968). Neste segundo dia discutiremos os principais eixos teóricos desta obra, com especial atenção para os debates referentes a estratégias de luta política.
Nos moldes de aula expositivo-dialógica, nesses dois encontros, além das duas obras citadas, teremos também como referência o pensamento de Grada Kilomba e Deivison Fautisno Gnosi, dois grandes leitores da obra de Fanon.
Referências bibliográficas
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Editora da Universidade Federal da Bahia, 2008/1963.
FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Rio de Janeiro, RJ: Editora Civilização Brasileira, 1968.KILOMBA, Grada. A máscara. PISEAGRAMA, Belo Horizonte, número 11, página 26 – 31, 2017. Tradução de Jessica Oliveira de Jesus.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Editora Cobogó, 2019. 244 p.
FAUTISNO, Deivison. “Por que Fanon? Por que agora?”: Frantz Fanon e os fanonismos no Brasil. São Paulo, UFScar. 2015, tese.
Quem é a professora?
Geni Núñez é ativista indígena guarani, graduada em Psicologia, com mestrado em Psicologia Social e doutoranda em Ciências Humanas (UFSC).
Quando
Dias 23 e 30/7
Das 19h às 21h
Onde
Online
As informações de acesso serão disponibilizadas por e-mail.
Público
Geral
Investimento
R$ 140,00
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