Sobre o curso
Antes de tudo
reconhecer o naufrágio
O mar engoliu as ilhas
inclusive a sua
Tudo ao redor de si
é mar e miragem
– mas você insiste na reinvenção
do arquipélago
Alexandre Shiguehara
terra incognita… esse termo apareceu no século XVI para assinalar regiões desconhecidas. A cartografia de então trazia ilustrações de monstros, serpentes marinhas, sereias, muito diferente dos mapas atuais, fotografados por satélites sem qualquer intervenção fantástica. Cá na terra, agora cognita, o mapa está fechado, as fronteiras definidas. Mas a zona autônoma – a imaginação – está aberta… um convite à deriva, à liberdade. Utopia perde seu significado primeiro de lugar nenhum e passa a denotar todos os lugares – é para lá que nos leva a potência pirata: para a experiência de outros tempos e espaços.
Vamos, partindo das histórias tradicionais, propor experimentações com o imaginário, pirata por excelência. Contaminações, contrabandos e subversões com a palavra e a imagem para a criação de cartografias e modos de convivência incapturáveis.
Percurso
Encontro 1 (21/01): Utopias possíveis: de piratas e sereias – o chamado ao mar.
Encontro 2 (28/01): Abismos navegáveis: o amor pela viagem – relatos e cartografias da errância.
Encontro 3 (04/02): Mapas de voo: o sonho como caminho – a experiência nômade.
Encontro 4 (11/02): Margens e travessias: a autonomia como germe de um mundo – o triunfo da imaginação.
Bibliografia
Bey, Hakim. TAZ: Zona Autônoma Temporária. São Paulo: Conrad; (2011)
Wilson, Peter Lamborn. Utopias piratas – mouros, hereges e renegados. São Paulo: Conrad; 2001
Bachelard, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes; 2006.
Bachelard, Gaston. A água e os sonhos – ensaio sobre a imaginação da matéria. São Paulo: Martins Fontes; 2002.
Bey, Hakim. Superando o turismo. http://revistacarbono.com/artigos/08-hakimbey-michaelhughes/
Sousa Dias. A utopia íntima da arte. In: O riso de Mozart. Lisboa: Documenta; 2016.
Bondia, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Red Revista Brasileira de Educação, 2000.
Jarouche, Mamede Mustafa. Livro das mil e uma noites. Rio de Janeiro: Editora Globo; 2018.
Grupo Granada de Contadores de Histórias. Histórias da tradição sufi. Rio de Janeiro: Edições Dervish – Instituto Tarika; 1993.
Onfray, Michel. Teoria da viagem. Uma poética da geografia. Porto Alegre: L&PM Editores; 2009.
Warner, Marina. Maps and monsters. https://www.nybooks.com/daily/2014/01/03/maps-monsters/
Yolen, Jane. Sea Queens – women pirates around the world. Watertown: Charlesbridge; 2008.
Lista de Material
Da papelaria:
. caderno, lápis e caneta
. giz de cera (ao menos 1 giz de qualquer cor, menos branco)
. material para desenho (hidrocor ou lápis de cor ou giz pastel seco ou oleoso)
. 1 frasco de tinta nanquim ou tinta xadrez das cores azul ou preta (a tinta xadrez pode ser encontrada em loja de material de construção)
. 1 pincel (de preferência largo)
. cola e tesoura
. barbante ou linha de bordado
. 1 agulha de numeração adequada para a sua linha
. tinta guache (1 a 3 cores de sua preferência)
Papéis
. 2 folhas de papel canson A3 (ou papel com gramatura mais espessa de preferência de tamanho A3)
. 1 folha A3 de papel vegetal ou papel manteiga (rolo que se compra em supermercado)
. 10 folhas de papel ofício A3
. 5 folhas de papel A4
De casa
. tecido liso cor clara de aproximadamente 10 x 14 cm (algodão ou lona ou pano de prato)
. tampa de papelão (de caixa de pizza ou de sapato, do que tiver)
. 1 a 4 unidades de bola de gude ou bolas feitas de argila ou bolas de cerâmica para jardinagem ou pequenas pedras arredondadas
. Papéis diversos (de diferentes texturas e cores, como folhas de cadernos, papel quadriculado, papelão, jornal, revista, páginas arrancadas de livros…)
. 4 imagens de animais retiradas de revistas ou impressos
Ana e Juliana escreveram o livro “uma história e uma história e uma história – conto dos contos da tradição oral”. Juntas, pesquisam histórias tradicionais, administram a página “A arte de reparar histórias” e ministram cursos como A arte de reparar histórias, Consciência narrativa, Scherazade e a palavra absolutamente imperiosa, dentre outros.
Quem são as professoras
Ana Gibson é tradutora, escritora, arteterapeuta, contadora e pesquisadora de contos da tradição oral.
Juliana Franklin é narradora e pesquisadora de contos da tradição oral, arte-educadora e arteterapeuta.
Quando
Dias: 21 e 28/01; 04 e 11/02
Das 19h às 21h
Onde
Online
As informações de acesso serão disponibilizadas por e-mail.
Público
Geral
Turma
30 pessoas
Investimento
R$ 220,00
PagSeguro
* em até 4X sem juros no cartão de crédito.
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PayPal
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