Sobre o curso
As narrativas de origem nas culturas indígenas de alguns povos possuem uma estrutura peculiar que podem servir de inspiração e referência para a criação literária.
Tomando como base a jornada do herói existe um percurso onde as histórias de alguns povos no Brasil (matriz tupi e jê) desenvolve seu enredo que segue um padrão que podemos perceber como comum em seus mitos de origem.
Nesta pesquisa foram observadas 7 fases que marcam uma aventura com o propósito de expressar dali um determinado aprendizado e onde após esta experiência há um retorno à origem em um grau diferenciado ou elevado, seguindo um padrão de espiral.
A origem
O propósito
A descida
O torpor
Os desvios do propósito
A retomada
O retorno na espiral
Esse tipo de “jornada do herói” se diferencia daquela proposta por Joseph Campbell em alguns aspectos, onde o herói inicia sua jornada a partir de uma banalidade ou um estado de cotidiano medíocre e em algum momento é arremessado para o inusitado e para a sua aventura e daí desdobra os próximos passos.
Nas narrativas propostas aqui, o início é uma “plena consciência” ou “um estado de bem-aventurança”, que se pretende instalar em outro “ponto” ou “lugar”; e de repente há uma situação de torpor ou esquecimento, conflitos em decorrência disso, uma retomada em direção ao propósito para haver o retorno de volta para casa. Essa experiência inaugura uma nova percepção ou paradigma de relação com a vida e as relações.
Percurso do curso
Encontro 1 (18/8): As narrativas de origem na tradição indígena
O que são. Características básicas
Encontro 2 (25/8): O herói e seu caráter
Macunaíma, Maíra, Sumé, Jurupari e outros heróis ancestrais
Encontro 3 (1/9): Os três mundos
A base cosmogônica para as narrativas de onde nascem as histórias da tradição
Encontro 4 (8/9): O propósito do herói na tradição tupi
Similaridades e diferenças entre a jornada do herói
Encontro 5 (15/9): Os passos do herói
Construindo a estrutura para a narrativa
Quem é o professor
Kaká Werá Jecupé é escritor, ambientalista e conferencista brasileiro indígena do povo tapuia. É fundador do Instituto Arapoty, empreendedor social da rede Ashoka de Empreendedores Sociais e conselheiro da Bovespa Social & Ambiental. Leciona, desde 1998, na Universidade Holística Internacional da Paz (Unipaz) e na Fundação Peirópolis. Já fez conferências sobre respeito à diversidade cultural no Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Índia, México e França.
Quando
Dias 18 e 25/8
e 1, 8 e 15/9
(às quartas-feiras)
Das 19h30 às 21h
Onde
Online
As informações de acesso serão disponibilizadas por e-mail.
Público
Geral
Turma
30 pessoas
Investimento
Cinco encontros
R$ 300,00
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