Sobre o curso
A cada encontro nos relacionamos com a leitura de uma carta enviada por Louise Bourgeois a sua amiga e confidente Colette Richarme, e investigaremos uma obra da artista, enquanto bordamos um tecido comprido, que reforça a intenção de passos e/ou pontos dados no percurso. Nessa proposta experimentaremos a sobreposição de tecidos, o bordar no tule, criar dobras e camadas. Os tons de fios e tecidos são cor de pele, de sua própria pele ou daquela que lhe agrade. Os pontos usados serão aqueles que já percorremos até aqui:
– Ponto reto
– Alinhavo
– Ponto cheio
– Ponto atrás
– Ponto haste
– Ponto corrente
– Nó francês
– Ponto caseado
Encontro 1 (9/11)
Bordar em estado de labirinto: fios e tecidos cor de pele/ perseguir os pontos que já bordamos até aqui/ o fio como linguagem
Obra: A destruição do pai, 1974.
Encontro 2 (16/11)
Para hoje, capturar gestos/ paisagens/ movimento.
Pensamento pluma ou como “dar sopro à forma”? (Valquíria Prates)
Obra: Je Taime, 1977.
Encontro 3 (23/11)
Desvios ou criar dobras, camadas, sobreposições e transparências?
Obra: Fillette, 1968.
Encontro 4 (30/11)
“O problema começou quando uma das portas ficou aberta e, aparentemente, alguém entrou.” (BOURGEOIS, p.52)
Seguir em atenção contínua.
Obras: Sleeping figure (Figura adormecida), 1950 e traje da performance “Um baguete/Um desfile de moda de partes do corpo”, 1978.
Encontro 5 (07/12)
“O ritmo será, pois, sugestivo: devagar, rápido, repentino, repetitivo, com diferentes intervalos e intensidades.” (BOURGEOIS, p.75)
Criar pontos de apoio que sustentam fios que os percorrem.
Obra: Maman ou Spiders
Encontro 6 (14/12)
Paisagens inconscientes:
“Inconsciente é algo de tom vulcânico, no entretanto não se pode fazer nada a respeito e é melhor ser seu amigo (…)”. (BOURGEOIS, p.127)
Obras têxteis: Louise Bourgeois (1911 – 2010), Untitled 2004, Fabric, 20 1/2 x 8 1/2 x 10 inches, 52.1 x 21.6 x 25.4 centimeters ©The Easton Foundation
https://www.youtube.com/watch?v=AbXpUr3bZmI&t=7s
LISTA DE MATERIAIS
– Tecido em tom de pele, aproximadamente 30cm x 140cm, em algodão, linho ou similar
– Tecido Tule Ilusion, 100cm, também cor de pele
– Agulhas n⁰ 06 e/ou n⁰ 07
– Fios de bordado (ex: meada, novelinho anchor ou aquarelle, etc., em tons de pele)
– Tesoura para tecido e uma tesoura pequena para fios
– Caderno para anotações ou pequenas escritas
BIBLIOGRAFIA
– BOURGEOIS, Louise. Destruição do pai, reconstrução do pai: escritos e entrevistas 1923-1997. São Paulo: Cosac Naif, 2000.
– DELIGNY, Fernand. O Aracniano e outros textos. São Paulo: N-1 edições, 2018.
– INGOLD, Tim. O dédalo e o labirinto: caminhar, imaginar e educar a atenção. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 21, n. 44, p. 21-36, jul./dez. 2015
– LAURENTIIS, Gabriela Barzaghi de. Louise Bourgeois: modos feministas de criar. São Paulo: Annablume, 2017.
Quem é a professora

Ivy Ota Calejon é arquiteta, cenógrafa, especialista em artes-manuais para a educação pela A Casa Tombada. É idealizadora do coletivo artístico Colar de Lina e do Tecituras de Lina, onde investiga as artes manuais, o tingimento natural, a escrita e o corpo performático.
Quando
Dias 9, 16, 23 e 30/11
e 7 e 14/12
(às terças-feiras)
Das 9h às 11h
Onde
Online
As informações de acesso serão disponibilizadas por e-mail.
Público
Geral
Turma
20 pessoas
Investimento
Seis encontros
R$ 360,00
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Bolsas de estudo
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